quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Carimbos na arte e na decoração


Um instrumento de madeira, metal, borracha ou cortiça, seja ele para marcar papéis, madeira, documentos, ou até mesmo para gravar, com fogo marca uma rés.
De uma origem remota, a história deste instrumento utilizado para marcar com cores e formas se perde no tempo. Há milênios, chineses e japoneses já utilizavam carimbos esculpidos em jade para timbrar documentos e suas obras de arte. Cobertas de tinta vermelha e pressionadas sobre o papel, faziam aparecer os sinais em branco.
Esta técnica de impressão é considerada uma das mais importantes invenções do homem, pois permite multiplicar imagens quantas vezes for preciso. Os carimbos não marcam unicamente a história chinesa. Os indianos utilizam carimbos de madeira entalhados com motivos florais, desenhos de animais e arabescos para estampar tecidos. Já os nepaleses, hábeis na produção de papéis artesanais, utilizam este instrumento para decorá-los, e os índios Guaranis, do médio vale do rio Ivaí, do início do século XVII, para a pintura corporal ou de tecidos. Os carimbos também têm a versatilidade de divertir crianças e se transformar em ferramentas profissionais nas mãos de decoradores e artistas.
O material dos carimbos varia de acordo com o tipo de suporte e suas necessidades.
Confira alguns tipos:
-Carimbos rígidos, de madeira, metal ou EVA duro, são ideais para tecido e papel;
-Carimbos semiflexíveis, indicados para paredes e pisos, pois nos desníveis das áreas das junções a estampa preenche toda a área, sem falhas.

Como cuidar dos carimbos

Vale lembrar a importância da manutenção dos carimbos. É necessário realizar com frequência a limpeza e a desobstrução das canaletas, mesmo durante a aplicação. Depois do uso é necessário lavá-los com água e sabão antes da secagem da tinta. Com muito uso os carimbos vão perdendo detalhes, as bordas da imagem ficam ranhuradas, com contorno irregular, comprometendo a qualidade da impressão. Tintas acrílicas para tecidos e para arte e decoração podem ser usadas, mas é preciso verificar as características e cada tipo para o fim esperado. Por exemplo, as tintas acrílicas, mesmo diluídas, tornam o tecido e o papel rígidos, sem a leveza original. Tintas acrílicas espessas formam texturas sobre madeira ou parede, resultando em aspecto pesado e grosseiro.
O glaze acrílico é uma tinta consistente mas não encorpa a pintura, mantendo a flexibilidade e maciez originais dos papéis e tecidos. Devido à transparência das cores, os desenhos ficam naturais, sem a rigidez de contornos típicos dos carimbos.

domingo, 26 de setembro de 2010

A história do Patchwork



Essa técnica artesanal, com nome de origem inglesa cujo significado PATCH - Retalho, WORK - Trabalho, remete às nossas avós, que muitas vezes emendavam retalhos para confeccionar colchas e toalhas. Mas a história do Patchwork começa muito antes com a necessidade do homem primitivo de se aquecer. Também há registros de sua ampla utilização no Egito Antigo, porém foi na Idade Média que o Patchwork se expandiu pela América.
No Brasil, foi utlizado inicialmente pelos escravos e mais tarde, com a influência dos imigrantes italianos e alemães, consolidou-se e tornou uma expressão artística de grande valor por sua beleza e complexidade.
Nos últimos anos, PATCHWORK por ser um processo artesanal muito elaborado, tornou-se sinônimo de exclusividade.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Solventes

Postado por Estância da Arte - Blog , Marcadores: Jornal Mais , quarta-feira, 10 de março de 2010 16:10
POR DENTRO DA ARTE
SOLVENTES

Atendendo às solicitações de clientes e amigos da arte, vamos publicar, periódicamente, artigos diretamente relacionados aos materiais utilizados na pintura. Hoje o tema é SOLVENTE.

Os séculos XVIII e XIX, trouxeram às mãos dos artistas uma enorme quantidade de novos solventes, alguns destinados ao enriquecimento da palheta dos artistas e outros como contribuição negativa, exigindo maiores cuidados e melhores conhecimentos.

Atualmente, podemos afirmar que artistas mais preocupados com a obra, assim como com a própria saúde, procuram conhecer melhor os produtos com que elaboram suas obras, tornando-se capazes de optar pelo melhor.

Os solventes e diluentes são derivados de vegetais, do petróleo, do carvão ou são produzidos sinteticamente.

O querosene, por exemplo, é um hidrocarboneto alifático, derivado do petróleo cru, muito utilizado na pintura de paredes para reduzir o custo das tintas e retardar a sua secagem. Usado erradamente na pintura de quadros à óleo, seca rápido demais quebrando a cadeia molecular da tinta destruindo suas características.

O removedor é uma mistura de solventes e diluentes químicos, com ação muito forte sobre óleos e graxos. Destrói a tinta a óleo, deixando a pintura fosca, com uma cobertura esbranquiçada. O brilho que vemos na pintura a óleo se dá pela luz refletida, tente imaginar a pintura vista através de um microscópio, o removedor causa pequenas cratéras, buracos na tinta. Quando a luz bate na superfície, esses buraquinhos fazem sombra, o que torna a pintura sem brilho e fraca a nível de estrutura.

Quanto ao thinner, uma mistura que virou marca, é a soma dos restos nocivos: quebra a cadeia molecular da tinta, destrói a emulsão, destrói o tecido do suporte, destrói as cerdas do pincel e ainda ataca a virola e o cabo do pincél.

O que devemos saber sobre solventes e diluentes na pintura à óleo:
Para que servem?

São utilizados para facilitar a aplicação de tintas;
possibilitam a alteração da consistência das tintas;
são ingredientes no preparo de certos médiuns e vernizes, o diluente é um ingrediente temporário, que deve evaporar totalmente, sem deixar manchas depois de um certo tempo. Não deve alterar nenhuma característica da pintura como cor, grau de brilho, transparência e forma. Não deve reagir quimicamente com o material onde foi adicionado e nem com o que já foi aplicado.

Os diluentes diluem.
Os solventes diluem e dissolvem.

São produtos flnuidos orgânicos que transformam material sólido ou semi-sólido em solução.
A boa notícia é que com o uso de médiuns já fabricados, a possibilidade de insucesso na pintura a óleo fica bem reduzida.

Empresas especializadas desenvolveram produtos ecologicamente corretos, e ainda, preocupados em proteger também a sáude do artísta.

Precisa-se da certeza da necessidade de usar materiais perigosos. É possível substituir o uso desses materiais com total segurança no resultado esperado. Há muitas maneiras na qual uma substância pode causar danos. Cuidados devem ser tomados em todos os momentos de contato com essas substâncias, em casa ou no trabalho. Isso inclui armazenamento e uso. Procure avaliar a substância, descobrindo, primeiro, que perigo ela tem, e depois o quão perigosa ela é para sua saúde e para sua obra. Em geral, devemos avaliar a inflamabilidade, a toxidade e a radioatividade.

Os profissionais que utilizam ou indicam o uso, devem ter conhecimento químico e técnico, para orientar sobre os perigos do uso.

Esperamos ter respondido às perguntas e estamos à disposição para maiores esclarecimentos. O próximo artigo será sobre vernizes. Mas, aceitamos sugestões para outros temas relacionados a conservação e manuseio de materiais artíscos.

sábado, 24 de julho de 2010

Pátina Imperial



Materiais:
-Peça de gesso
-Goma laca indiana
-Tinta esmalte vitral nas cores preto e vermelho
-Tinta acrílica verde escuro
-Purpurina ouro velho
-Dióxido de titâneo
-Pasta Goldfix na cor ouro velho
-Solvente para esmalte vitral
-Álcool para goma laca
-Pincéis de cerda e pelo
-Pano macio

-Passe uma demão de goma laca em toda peça, aguarde a secagem. Para a limpeza do pincel usado para goma laca, use o álcool.
-Misture as tintas esmalte vitral preto e vermelho juntamente com a purpurina ouro velho, aplique duas demãos com pincel macio intercalando a secagem. Para a limpeza do pincel usado, limpe com solvente.
-Misture a tinta acrílica verde escuro com o dióxido de titâneo e com o pincel macio, aplique na peça retirando em seguida com uma pano macio o excesso da tinta, aguarde a secagem. Use água para lavar o pincel.
-Para finalizar, passe a pasta dourada realçando os detalhes da peça. Espere secar e lustre com uma flanela.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Marmorizado com anilina

MATERIAIS:

* 1 peça em mdf
* Tinta pva branca
* Base acrílica semi-brilho da Suvinil
* Álcool 99% ou 92,8%
* Anilina a base de álcool, 02 cores (ex.:mogno e amarelo)
* Pincel de pelo macio e de cerda
* Verniz geral ou spray brilhante
* Lixa

PREPARO DA ANILINA:

Preparar a anilina da seguinte maneira:

1. Para 100 ml de álcool colocar uma colher de café de anilina.
2. Deixar descansar por 24 horas antes de usar.
3. De preferência em vidro com tampa.

MODO DE FAZER:

1. Passar uma demão de tinta pva branca, secar e lixar.
2. Com o pincel de pelo, passar duas demãos de base acrílica semi-brilho , intercalando a secagem entre elas.
3. Com pincéis de pelo para cada cor de anilina, ir pintando com a cor escolhida, sempre na diagonal.
4. Deixe uma vasilha com álcool puro , se quiser dar efeito na peça ou clarear passe o álcool.
5. Se vc não gostou do resultado pode começar tudo de novo, até ficar do seu agrado.
6. Depois que ficou satisfeita com o resultado da peça, deixe secar por 3 dias .
7. Envernize com verniz geral ou com verniz spray brilhante, dando duas demãos.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Um convite ao tato e a imaginação

Nem só as cores sugerem calor ou frio. Texturas, em um espaço monocromático, provocam a mesma sensação. Um estofado de linho cru, sobre um tapete de tons escuros, torna a sala calorosa e convidativa. Pequenos elementos também trazem um bom efeito: almofadas com texturas ou quadros na parede, por exemplo. Evitando o excesso pode-se criar contrastes agradáveis de se ver.
É grande a variedade de materiais prontos, desenvolvidos para esse fim. Basicamente, são pastas constituídas por uma substância colante (resina acrílica ou vinílica) emulsionadas com grânulos, como areia, dolomita, quartzo, etc. Misturados, formam uma nova pasta, que ao ser aplicada confere um aspecto granulado e áspero.
O tamanho dos grânulos determinará a aspereza da textura - quanto maiores os grânulos de uma pasta, mais áspero o acabamento.
As pastas de texturas podem ser aplicadas sobre quaisquer superfícies que sustentem o peso dos material. A resina deve ser muito viscosa e pegajosa para que os grânulos se fixem bem ao suporte da aplicação e não escorram durante a secagem. Além do tamanho e da forma dos grânulos das pastas texturizadoras, a forma de aplicá-las e o tipo de ferramenta utilizada também irão dar novos efeitos ao trabalho.

A textura na decoração e na arte

Os acabamentos texturizados vêm sendo difundidos desde a Roma antiga, onde os artistas utilizavam uma mistura a base de gesso ou carbonato de cálcio (cal), água, pigmentos como o ocre amarelo, o óxido de ferro vermelho e a manganita preta.
Estes acabamentos eram conhecidos na época, e até hoje, como estucos, e foram difundidos nos seus variados desenhos e cores ao longo do tempo, mais enfaticamente por toda a Europa.
Eram feitos exclusivamente com intuito decorativo, e devido à rusticidade do "produto" a durabilidade não era o ponto forte do acabamento.
Voltando aos dias atuais, temos logicamente um grande avanço tecnológico, dando origem a vários tipos de pastas texturizadas com a cor, granulação e volume adequados ao efeito desejado, já prontas para o uso. Utilizando diferentes tipos de ferramentas e muita imaginação, é possível criar relevos e desenhos exclusivos muito apreciados pelo valor decorativo.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Goma Laca Indiana

A Goma Laca Indiana é uma resina natural de origem animal, que é extraída da árvore Antea frondosa, como secreção de um inseto, o "Coccus laca", na Índia.
Esta resina é apresentada no comércio em torrões e em finas escamas, semi-transparentes, com diversas tonalidades, indo do âmbar escuro ao amarelo pálido. Esta variação de cores é resultado da presença de substâncias colorantes naturais da árvore.
Podemos encontrar no mercado a goma laca indiana limão, laranja, asa de barata e a goma laca indiana clarificada.
A Goma Laca Indiana é solúvel em álcool absoluto (99%) em proporções variáveis dependendo da utilização. Conhece-se o seu uso há pelo menos 2.500 anos.
É uma forma tradicional de selar madeiras, cerâmicas, papelão e gesso. Também é utilizada como verniz e isolante de moldes de gesso.